Entrevista com o super Sandro Marcelo – super-heróis, humor e quadrinhos

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SANDRO MARCELO estreou em 2003 (ano que a Prismarte voltou a ser publicada depois de quase 10 anos hibernando) fundando o selo SM Publicações com a revista Campana nº 01 que trazia a primeira aventura de Blagster, o Sem-Mundo atualmente publicada no blog www.saniverso.worpress.com.
Em 2005 publicava a segunda edição da revista Campana e também estreava como desenhista na revista Billy The Kid e Outras Histórias da Editora Opção 2. Colaborou com inúmeras hqs virtuais tais como as da origem do Esquadrão dos Super-Heróis de JJ Marreiro publicadas no site HQ Nado na função de desenhista e colorista. Em 2008 lançou a terceira edição de Campana. Em 2010 passou a integrar a PADA – grupo pernambucano que produz a revista Prismarte e publica algumas Hqs como desenhista e roteirista. No mesmo ano lança a quinta edição da Campana. Em 2011 realiza diagramações em hqs da Prismarte e no Álbum Graphic PADA Zé Gatão de Eduardo Schloesser, publicado também pela PADA. Em 2012 passa a integrar a equipe de produção do Almanaque Meteoro do selo Guedes Manifesto na diagramação do Almanque Meteoro número 3 e Meteoro Comics 3 – esta pelo selo Júpiter II. No mesmo ano muda o selo SM Pulicações para Saniverso Quadrinhos e lança a quinta edição da Campana.

Por esse resumo biográfico(porque há muito mais na sua história) Sandro é um dos super-quadrinhista e também editor do quadrinhos nacional. Nessa entrevista você vai conhecer um pouco da sua forma de trabalha, e suas motivações pelos quadrinhos, seja super-heróis, faroeste e humor.

1 – O Amaro Camarajipe de Marcelo Schmitz, é um personagem de mais de 25 anos de existência, das quais publicamos nos anos 90 e de 2003 até os dias atuais aqui na Prismarte! Como foi o processo de produção do “O Ataque dos Homens (e do homo) Bomba”, desde o convite de Marcelo à produção?

Super divertido! Trabalhar com o Amaro Camarajipe era um sonho. Eu já conhecia o Marcelo Schmitz, mas nunca tínhamos mantido um contato estreito até surgir a proposta para essa HQ e eu fiquei muito feliz. Mas trabalhar com o Marcelo Schmitz é fantástico! O cara tem ideias sensacionais e é o tipo do roteirista que aceita sugestões de boa se forem condizentes com o roteiro. Eu gosto de respeitar o trabalho do roteirista, mas também gosto de acrescentar elementos (como o pão debaixo do braço do agente francês) e o Marcelo curte esses acréscimos! Agora, se ele achar que não vai ficar legal na história eu respeito totalmente e desfaço, porque antes de tudo é preciso respeitar as ideias do autor. Assim o processo de produção foi sensacional e eu e o Marcelo nos divertimos muito produzindo esse trabalho! E isso acabou gerando uma nova parceria para trabalhos vindouros!

2 – Na produção de uma história em quadrinhos, conhecer o(s) personagens(s), o histórico, e até de certa forma “interpreta-lo”, contribui de que forma na qualidade da obra? Como autor, como você encara isso?

Sim, conhecer e interpretar o personagem é fundamental! Algumas vezes o Marcelo me pediu para corrigir expressões do Amaro que não condiziam com a personalidade de toupeira do personagem! Quanto mais você conhece do personagem mais fácil fica imaginar a cena ao redor dele, o que ele gosta, com que mão ele pega uma xícara de café, essas coisas! Como autor eu encaro com seriedade, pois para mim quadrinho é sério, ainda que eu me divirta fazendo! Gosto de pesquisar e conhecer a fundo os personagens que vou desenhar para que o leitor possa reconhecer o seu personagem independente de quem seja o desenhista.

3 – Ao longo de sua carreira você tem defendido o gênero de super-heróis brasileiros e tem alcançado respeito e bons resultados! Mas qual o fator, que você acredita, que tornar o super-herói brasileiro (ou feito no Brasil) ser atrativo! que pode ser o diferencial para formação de leitores interessados no personagem?

Eu tenho conversado bastante com o público de fora do meio artístico. Eu constatei que as críticas ácidas e depreciativas que têm sido feitas aos super-heróis partem em sua maioria de produtores de quadrinhos que NÃO GOSTAM de super-heróis ou possuem algum tipo de ranço dos mesmos. O leitor não artista se encanta quando eu mostro um gibi do Notívago e digo que ele é um agente de saúde que trabalha na UR 5 e que à noite ele vaga pelas ruas do Ibura, IPSEP e Centro do Recife para fazer a justiça prevalecer para o pobre trabalhador; O leitor não artista se encanta quando digo que o Conversor mora no IPSEP e estuda na Vila da Sudene e recebeu seus poderes no Hospital da Aeronáutica; e compram revista! E em eventos seguintes voltam para comprar o número 2, 3, etc. Essa contextualização geográfica do super-herói brasileiro tem gerado uma identificação positiva no leitor e tem conquistado cada vez mais novos leitores! A cada evento que vou novos leitores do Saniverso surgem!

4 – Dos personagens que você que criou e já publicou, quais vocês destaca e tem colhido bons resultados?

O Notívago é o mais amado pelos leitores. Em seguida vem o Conversor. Dificilmente vou a um evento e volto com as revistas do Notívago, pois elas sempre vendem. As pessoas gostam muito de um cara que encara a bandidagem com a sua coragem e dois canos de ferro nas mãos. E o Conversor agrada também por ser um personagem totalmente inserido na realidade como a conhecemos. O fator humano dos personagens tem sido o fator determinante para angariar a simpatia dos leitores não artistas.

5 – Não poderia deixar de destacar sua participação e até dedicação por quadrinhos de faroeste! Como surgiu interesse por quadrinhos do gênero! Ainda continua a produzir faroeste?

Capa para revista Billy The Kid

A produção anda um pouco parada, mas vai voltar! O interesse por faroeste surgiu primeiramente com um bolsilivro daqueles antigos publicados pela Cedibra. Era da minha mãe e se chamava “Uma Forca à Minha Espera”. Depois disso foram os filmes de John Wayne e e, por fim a revista Tex, na época publicada pela editora Vecchi. Depois conheci os faroestes do Lone Ranger (aqui chamado de Zorro pela Ebal) e também o Billy Blue e Kid Colt da Marvel. Daí pra frente quis fazer também e já criei muitos personagens de faroeste, mas poucos de fato publiquei. Muitos até acham que Blagster é um faroeste, mas na verdade é Cyberpunk, misturando elementos de faroeste e tecnologia.

6 – Quais os projetos futuros e as expectativas para os leitores que leem e acompanham suas obras!

Atualmente estou publicando O Grito da Terra em fascículos, o primeiro tendo sido lançado em Setembro. Agora em outubro sairá o segundo, os lançamentos serão mensais. As revistas de linha (Conversor, Notívago, Blagster, Diamante, Invulneráveis e Irmãos Sanders) terão continuidade também e já tem um novo lançamento preparado que é a revista Saniverso Especial onde apresentarei um personagem do Saniverso por edição. A primeira que já está pronta trará o Força Popular, uma espécie de Conversor que veste um uniforme com a bandeira do Brasil e se passa por herói, mas é um tremendo pilantra! Paralelo a isso estou terminando meu livro de fantasia medieval intitulado As Espadas de Tauramur – Slandor Thorombard e a Guarda do Rei bem como um cenário de campanha para RPG adaptado ao sistema D20.

Serviço:
Prismarte # 66 
Capa Colorida miolo em P&B.
32 páginas
R$ 6,00 + R$ 3,00 de correios Ou pelo Pagseguro (botão abaixo)
Confirme seu pedido pelo e-mail: primarte@prismarte.com.br
ou pelo facebook: https://www.facebook.com/PADA.Quadrinhos/



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