Cuidado com a Perna Cabeluda
O livro tem 28 páginas e será lançado logo após o Carnaval. Os desenhos são de Téo Pinheiro. “Pensei em trazer a Perna Cabeluda, malassombro que assustou muita gente no Recife dos anos 70 para os tempos atuais, como sendo uma notícia tratada com exclusividade por um jornal sensacionalista”, explica André Balaio. Ele é um dos autores do site Recife Assombrado, que lançou no ano passado uma HQ de mesmo nome com histórias de horror da capital pernambucana.
A Perna Cabeluda é apenas uma das muitas lendas de terror que existem no Recife, tida como a capital mal assombrada do Brasil. Veja mais imagens da HQ: Nos anos 1970, quando eu ainda era criança, surgiu um forte boato sobre a “perna cabeluda” e era tão assustadora que poucos ousavam sair à noite e ficar até tarde perambulando pelas ruas. Eu mesmo, quando saia para comprar alguma para meus pais, ou ir à casa de amigos, sempre andava olhando ao redor para não ser pego de surpreso e sempre corria, nunca andava. E ficava imaginando como poderia ser uma figura como essa sem seu tronco? Ainda bem que não passou tudo de uma invenção. Bem… até agora.
Dois quadrinista, o roteirista André Balaio mais o desenhista Téo Pinheiro, ousaram em reavivar essa grotesca e atemorizante figura para os dias atuais pela capital do Recife. Para quem desconhece André Balaio, ao lado de Roberto Beltrão, são responsáveis pelo site O Recife Assombrado, cuja estreia como roteirista de quadrinhos aconteceu em parceria com a Produtora Artística de Desenhistas Associados – PADA, editora da revista Prismarte, publicando nesse mesmo site quadrinizações de histórias cujo tema eras as histórias assombradas do Recife, que culminou no lançamento de um álbum homônimo ao site no ano de 2014. O lançamento desse novo álbum pela editora Bagaço demonstra que em Recife, ou mesmo no Brasil, possui elementos suficientes para fomentação de quadrinhos nacionais, sem precisar copiar ninguém. E o tema terror é universal e bem recebido pelos leitores, que curtem tomar sustos.
Boa diversão.