A Hanabi aposta no quadrinhos digital

Divulgue nas mídias sociais

A Hanabi, fundada por Raphael de Almeida, começou suas atividades com dois títulos de peso: Godzilla: O Despertar e Witch Doctor

“Ter uma editora de quadrinhos sempre foi meu sonho”, disse o proprietário, tradutor e editor da editora Hanabi, de Brasília, Raphael de Almeida Nogueira da Gama, de apenas 27 anos. A Hanabi, que significa Fogos de Artifício (traduzido do japonês), atualmente tem licenças dos títulos Godzilla: Despertar e Witch Doctor. Ela trabalha com material digital e com preços superacessíveis, apesar do material de alta qualidade.

Godzilla-O-DespertarA editora ainda é pequena, foi fundada no início desse ano e conta com apenas mais dois funcionários: Erick Nascimento (editor) e Artur Tavares (revisor). Raphael explica que pesquisou por cerca de dois anos, pensando no mercado de mangás, com ajuda de um ex-sócio, Silvio Meurer, e percebeu que os custos estavam acima de sua disponibilidade financeira. Mesmo assim ele decidiu seguir em frente e hoje consegue se dedicar exclusivamente a este projeto.

Os investimentos no mercado japonês não obtiveram sucesso, mas em compensação ele adquiriu a licença de seu primeiro título, Godzilla: O Despertar, da Legendary Comics. “Foi só então que abrimos as portas ao público e decidimos de vez investir no mercado americano”, pontuou.

Novidades

Além das HQs Godzilla: O Despertar e Witch Doctor, a Hanabi já tem planos para expandir seus títulos. Apesar de não revelar, o proprietário explica que já está em contato com a Dark Horse e com a Image.

Sobre as obras disponíveis, ele destaca a qualidade. “Godzilla: O Despertar é o prelúdio para o filme de 2014. A leitura é indispensável para qualquer fã do lagartão por se tratar, acima de tudo, de uma homenagem ao primeiro filme”, diz, e continua: “Já Witch Doctor, ao contrário do que muitos pensam, é um quadrinho bastante sério, que pega clássicos do terror e os analisa por meio da medicina moderna. A trama mostra criaturas biologicamente críveis e consequentemente mais assustadoras, em parte graças ao traço de Lukas Ketner.”

Raphael explica que mantém contato com alguns autores nacionais, mas por quererem ver o quadrinho impresso, as negociações acabam sendo difíceis. “Também há o medo de investir em uma empresa ainda nova no mercado, o que entendo perfeitamente.”

Apesar de ainda não ter anunciado oficialmente e possibilidade de lançar material nacional, o editor fez questão de dizer em primeira mão que abrirá espaço para os autores brasileiros que tiverem interesse: “Se você deseja embarcar nesse mundo, dê uma chance a Hanabi. Certamente ficaremos honrados em receber sua obra. Para tal, basta entrar em contato conosco pelo e-mail editorahanabi@hotmail.com. Faremos de tudo para tentar viabilizar esse seu sonho”, divulgou.

Impressos

Sobre a publicação de títulos físicos, o editor garante que já pensou e repensou sobre o assunto diversas vezes. “A verdade é que o custo seria muito alto. Talvez com um investimento de alguém ou uma parceria poderíamos tornar isso possível, mas no momento a única coisa que posso dizer é que comprem. Sempre que me perguntam isso, respondo: ‘Depende da venda do produto.’ Não é apenas uma questão de se o produto vai vender bem ou não, e sim se teremos dinheiro suficiente para realizar tal façanha.”

Mercado

Segundo Raphael, o mercado nacional é bastante promissor e vem crescendo bastante nos últimos tempos, principalmente quando se fala em quadrinhos japoneses, os mangás. “E a tendência, em minha opinião, e de continuar crescendo.”

Ele observa que atualmente não se associa mais quadrinhos a coisa de criança. Porém, ele ainda acredita que há um certo preconceito quanto aos quadrinhos digitais. Ele enfatiza que muitas pessoas não curtem ler no PC.

“Com a chegada dos smartphones e tablets, os jovens passaram a ler mais utilizando esses dispositivos, porém, em grande parte eles os utilizam para ler material ilegal. Outro grande inimigo desse ramo”, lamenta. “No fim, empresas como a minha têm uma dificuldade ainda maior de se estabelecer no mercado. É algo novo, é comum esse repudio, mas não deixa de ser algo antiquado. Em um mundo onde novas tecnologias, ideias e inovações surgem a cada instante. Não consigo entender o porquê das pessoas se apegarem tanto a ideias antigas.”

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